Na atualidade, diante do momento que nossa humanidade atravessa, passando por um tipo de deserto social, onde o isolamento é tido como uma forma de preservação da espécie humana, por assim dizer, nos deparamos diante de nós mesmos e contemplamos, estarrecidos, o quão nossa vida é objeto frágil e delicado.
É momento de análise? Sim! É momento de reflexão? Sim! É momento de revalidar conceitos e práticas de vida? Sim, certamente…
Entretanto, cabe a pergunta: Por que esperar tanto se, de verdade, sempre soubemos o que fazer com relação a nossa vida???
É certo que diante da pandemia nossos hábitos em casa se alteraram, muitas vezes decorrentes de uma tentativa para evitar obesidade ou de adquirir problemas físicos por falta de mobilidade. Assim, muitos de nós passamos a adquirir hábitos alimentares saudáveis e passamos a incluir atividades físicas como parte da rotina de nossas vidas.
Só que essa consciência tardia (como diria Dante Alighieri) deveria ser menos tardia se houvesse, da nossa parte, mais comprometimento com nossa própria vida.
É como diz o Dalai Lama (se referindo ao homem): “Vive como se nunca fosse morrer”…
Pois é…
A pandemia veio para nos mostrar que a vida é vaso frágil e que devemos cuidá-la e preservá-la como o tesouro mais precioso que temos.
A filosofia de que somos constituídos pelos 4 elementos tem seu fundamento prático, no diário viver e, se por um lado torcemos o nariz para a filosofia; pois, que vejamos a filosofia com olhar científico.
A TERRA, fonte primária de nossa alimentação, só pode nos conferir alimentos à altura se ela, em si, estiver sadia. Isso significa que qualquer aspecto contaminante na terra vai contaminar igualmente o alimento e este, por uma cadeia lógica, vai chegar, inevitavelmente, ao nosso organismo. Não adianta aplicar o isolamento social se, de nossa parte, é aceito qualquer tipo de alimento contaminado e isso sem falar dos alimentos geneticamente modificados, os quais, aceitamos sem questionamento ou análise prévia.
A ÁGUA, fonte primária para as reações bioquímicas e enzimáticas de nosso organismo é fundamental para uma vida saudável, longa e fluida. Hoje se fala que a água é inodora, insípida e incolor. Assim se aprende na escola, entretanto, a não ser por afirmar que a água é incolor, o restante não faz sentido científico ou mesmo de senso comum. Basta ir a alguma cachoeira para verificar por si mesmo que a água tem cheiro e tem sabor. Isso porque ela é composta de sais minerais os mesmos que serviram como o primeiro tipo de condimento para os homens das cavernas que usavam as cinzas das lenhas para temperar suas carnes. Cinzas são constituídas de sais minerais, em uma análise mais simplista… Além do mais nossa água, em especial a dos grandes centros urbanos, possui um pH ácido e nosso organismo requer de água com pH alcalino. E tente adivinhar o que deixa o pH da água alcalino??? Se pensou em sais minerais você acertou!!! Logo, os sais minerais – tão importantes para os rins e reações enzimáticas em nosso organismo – estão em escala muito inferior ao que deveriam existir. Assim, percebe-se que nos preocupamos muito com o isolamento para manter a vida, mas que tipo de vida teremos ou temos com a água que consumimos nos dias de hoje? Isso que nem se falou sobre as contaminações da água, o que seria mais um tópico em desfavor da atualidade.
Mas mudar a água que se beba talvez seja impraticável para muitos, mas algo pode com certeza ser feito: Beber água na quantidade certa, o que representa algo em torno de 3 litros, por dia, no geral. Muitos de nós mal ingere dois copos diários e depois reclama de dores pelo corpo, de envelhecimento precoce, etc… Ora, se não nos ajudamos é óbvio que nossa vida vai escorrer feito água (desculpe o trocadilho, não pude evitar).
O AR, é um alimento, por assim dizer, indispensável e cuja fonte deve ser reposta de forma muito constante em nosso organismo, algo tipo, a cada alguns segundos. Constituído, no geral, de nitrogênio e oxigênio, este último serve como elemento fixador do ferro e atua junto ao sangue. O nitrogênio é inerte (não reage) e sai, quase em sua maioria, através da expiração juntamente com o gás carbônico. Partículas carregadas e dissolvidas no ar são inspiradas e muitas delas se ligam ao sangue, o que deveria ser feito pelo Ferro. Como consequência disso reações bioquímicas não ocorrem na proporção de deveriam acontecer e disso resulta que se passa a sentir cansaço, estresse, insônia e fadiga crônica. Tudo bem, há que concordar que não há muito o que fazer para melhorar o ar, entretanto; podemos melhorar nossa respiração, em vez de querer mudar o ar (uma utopia). Para isso basta fazer profundas inalações diariamente, de forma a oxigenar o sangue, o cérebro e tecidos do organismo. A experiência é tão interessante que a overdose de ar (ou seja, de vida), nos fará sentir tontos. Isso porque não estamos acostumados a tamanha quantidade de oxigênio (ou seja, vida) em nosso organismo. Ainda que não possamos mudar o ar, certamente podemos mudar a forma como respiramos… #ficaadica.
E por fim você deve estar pensando no FOGO e como nos alimentaremos dele, conforme a filosofia, certo? Se você pensou nisso, então saiba que pensou errado! Porque estamos falando de ciência, lembra? Pois então… o FOGO, digo o SOL, é fonte primária de Vitamina D e ele, juntamente com o cálcio desempenha papel importante na imunidade humana. Receber sol não faz mal, ao contrário é totalmente benéfico para a saúde… já sei, deve estar pensando sobre o que dizem que o sol dá câncer de pele. Ok! Veja assim, se o sol fosse o vilão que se fala as pessoas do deserto não teriam sobrevivido por milênios, concorda? Além do mais, o sol em si não é vilão, mas deve-se ter um cuidado com ele: Cubra sua cabeça (como as pessoas do deserto). Se fizer isso, não precisa se preocupar. Lembre-se: Sol é vida!
Se cuidar na pandemia não deve ser somente usar máscaras e evitar convívio social. Cuidar e preservar nossa vida é ter uma ótima fonte de alimentação, de forma equilibrada e compatível com nossas necessidades, com alimentos livres de contaminação e sem uso dos alimentos geneticamente modificados. Cuidar da vida é saber repor a quantidade de água necessária que nosso organismo pede, e muitas vezes bebemos tão pouca água que até o organismo esquece de pedir água… Cuidar da vida é também ter uma boa oxigenação em nosso organismo e assim diminuir o estresse, a ansiedade, a insônia, o cansaço, a fadiga crônica entre outros males. Cuidar da vida é saber aumentar sua imunidade através dos banhos de sol, com as devidas precauções para isso. Cuidar da vida é fazer atividades físicas regulares, conforme seu biorritmo. Cuidar da vida é cuidar de toda a máquina humana, não só durante a pandemia, mas a toda hora e momento.
E isso é difícil?
Não, não é! É simplesmente essencial, da mesma forma como é essencial para uma planta viver em meio ao asfalto, onde ela cria as condições possíveis e cabíveis para melhor viver, mesmo que o ambiente seja agressivo ela consegue fazer aquilo que pode, da melhor forma possível.
Eis o mistério da Vida!!!
Fabiano Valente Nunes
Engenheiro Mecânico